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“Conquistas e desafios: o mês da Luta Antimanicomial”, por Alex Santos

Meus amigos, o mês de maio é marcado por uma importante reflexão sobre os direitos das pessoas com sofrimento mental no Brasil, com destaque para o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. Esta data simboliza a busca por uma sociedade mais inclusiva e justa e é deste movimento que vamos falar neste maio cheio de significados.

O movimento antimanicomial brasileiro teve início na década de 1980, em um contexto de redemocratização e fortalecimento da Reforma Sanitária. Em 1987, a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília, foi um marco fundamental para a organização do movimento, que ou a questionar o até então tradicional modelo de internação em hospitais psiquiátricos e a denunciar as graves violações de direitos ocorridas nessas instituições.

Um dos maiores legados do movimento foi a aprovação da Lei nº 10.216, sancionada em 6 de abril de 2001, conhecida como Lei Paulo Delgado ou Lei da Reforma Psiquiátrica. Essa legislação determinou o fechamento gradual dos hospitais psiquiátricos e a criação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), composta por Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), residências terapêuticas e outros serviços comunitários, visando ao cuidado integral e à reintegração social das pessoas com transtornos mentais.

A luta antimanicomial resultou em avanços significativos na saúde mental no Brasil. Além da criação da RAPS, destaca-se a atuação de profissionais como Nise da Silveira, que revolucionaram o tratamento do sofrimento mental por meio da arte e da humanização, e de usuários como Austregésilo Carrano Bueno, que denunciaram abusos e contribuíram para a construção de uma rede substitutiva aos hospitais psiquiátricos.

Apesar dos avanços, o movimento antimanicomial enfrenta desafios contínuos. A implementação efetiva da RAPS ainda é desigual em diversas regiões do país, e há preocupações com retrocessos, como o financiamento público de Comunidades Terapêuticas, instituições privadas que, em muitos casos, mantêm práticas semelhantes às dos antigos manicômios.

Meus amigos, o mês da Luta Antimanicomial é um momento para refletir sobre a trajetória do movimento, celebrar suas conquistas e renovar o compromisso com a construção de uma sociedade que respeite os direitos e a dignidade das pessoas com sofrimento mental. É fundamental que a luta continue, garantindo que a saúde mental seja tratada com humanidade, respeito e inclusão.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal hojediario.diariopaulistano.net).